CRÍTICA - STAR WARS EPISODE VII


O filme se passa 30 anos após o episódio VI e diferente de outras continuações de títulos famosos do passado, como Jurassic World, Star Wars Episódio VII soube utilizar a tecnologia atual para criar um espetáculo visual à favor de um grande roteiro.
A história segue Rey, uma catadora de lixo que foi deixada pela sua família no planeta Jakku, onde ela aguarda um retorno. A personagem é interpretada por Daisy Ridley, a atriz executa uma das melhores interpretações de toda o universo Star Wars, cheia de carisma, fascínio pela aventura e origina um grande mistério.
Temos também o Finn, interpretado por John Boyega, um personagem muito carismático, que evolui bastante ao longo da trama e possui um conflito interno interessante.
Um aspecto muito legal dessa franquia é nos apresentar dróides tão cheios de personalidade quanto os protagonistas, temos agora BB-8, que além de ser até mais legal que o R2-D2, ele acaba se tornando uma peça vital para o filme.
Fechando os novos heróis da franquia, temos Poe Dameron, um piloto extremamente habilidoso que faz parte da resistência. O personagem consegue se mostrar muito corajoso e durão mesmo aparecendo pouco em cena.
Como novo vilão, Kyro Ren lidera a Primeira Ordem. Ele é muito oponente, possui uma trama muito interessante envolvendo o seu passado e o seu desejo por ser tomado completamente pelo lado negro. Possuindo uma trama interessante, ajuda o personagem para não acabar sendo apenas um substituto do Vader.
Gostei bastante do equilíbrio entre nostalgia e introdução de novos personagens e tramas. Há quem diga que as referências à trilogia original tenha engolido o filme, mas não acho que foi o caso.
Não é segredo para ninguém que o visual do filme é fantástico. Os segmentos de batalha fluem de forma perfeita, indo das naves para o tiroteio no solo tudo com uma edição impecável e muito dinâmica.
As cenas de batalha com os sabres de luz estão bem mais agressivas agora sem aquele excesso de piruetas, o que é um bom sinal. E mesmo o filme sendo muito engraçado, ele me pareceu ser bem mais sombrio do que os seus antecessores.
Ver os personagens clássicos juntos nas telonas acaba sendo comovente para muitos fãs. Todos muito bem em seus respectivos papéis e é notável uma mudança no Han e na sua relação com a Leia.
Harrison Ford mantém as características do seu personagem   e traz o peso da idade junto com a sua preocupação com fatos que eu não vou revelar.
Sobre o final, mesmo ficando meio esticado, consegue deixar o público maluco para ver o próximo filme, e é assim que se estabelece perfeitamente uma continuação.
Resumindo a ópera, Star Wars Episódio VII é um filme muito engraçado, com uma trama muito envolvente, personagens excelentes, uma grande dose de nostalgia e batalhas visualmente incríveis. Começou muito bem uma nova trilogia.

CRÍTICA - HOMENS, MULHERES E FILHOS


 "Homens, Mulheres e Filhos" retrata vários casos que perturbam, tanto emocional quanto fisicamente a vida de muitas pessoas. O filme fala sobre problemas que são comuns de acontecerem em casamentos depois de um tempo, um pai com um laço fragilizado com o seu filho, um garota completamente monitorada por uma mãe superprotetora, e etc.
 Não há um protagonista, há vários personagens com tramas interessantes muito bem distribuídas. Esse trabalho é fruto de uma boa direção, e geralmente esse tipo de filme costuma recompensar aqueles que o prestam atenção.
 O elenco faz um bom trabalho e se encaixam bem em seus respectivos papéis. Temos: Adam Sandler, Ansel Elgort, Jennifer Gamer, Kaitlyn Dever, Rosemarie DeWitt, Dean Norris, entre outros. 
 Ansel Elgort está bem melhor aqui do que no seu papel em "A Culpa é das Estrelas". O personagem dele consegue retratar a essência de um adolescente vazio e que perdeu o interesse em coisas que sempre fizeram sentido na sua vida, resumindo, é nele que uma boa parte do público mais jovem vai se identificar.
Jennifer Gamer interpreta Patricia Beltmeyer, uma mãe que ninguém gostaria de ter. A personagem praticamente controla tudo o que a sua filha faz, desde um rastreador no celular até às mensagens privadas da filha.
 Adam Sandler e Rosemarie DeWitt interpretam o casal Don e Helen Truby, os dois passam por problemas comuns presentes em qualquer casamento, o desinteresse um pelo o outro paira entre os dois.
 Tenho poucas críticas contra o filme, uma delas é a fraca conclusão de um arco muito forte da personagem Alisson Doss, que é bulímica. Outra crítica é o desperdício de talento do ator J. K. Simmons, que interpreta o pai da personagem e que aqui está completamente deixado de lado.
 Em seguida a voz feminina que narra o filme faz algumas associações sobre um aparelho que está viajando no espaço com fragmentos de nossa cultura, que para mim é meio que jogado no roteiro para deixar mais filosófico ou algo assim.
 Não há muito desenvolvimento de personagem, isso é bem dividido, alguns começam e terminam do mesmo jeito e outros terminam com um resquício de esperança.
 Gostei do filme deixar bem em evidente redes como Facebook, Tumblr, mensagens de texto e jogos virtuais sem criticar os jovens que usam essas redes sociais. O roteiro traz esse elemento e mostra como ele funciona no ponto de vista de não só crianças, e sim pais também.  
 É importante esclarecer que não um filme para todo mundo, é bem parado e para aqueles que não têm muita paciência vão detestar essas longas duas horas. 
 Aqui está um exemplo de filme muito bom sobre o comportamento e casos presentes na vida de pais e adolescentes. Recomendo.

REVIEW - SELF LESS


Damian is an extremely wealthy old man who was known to basically build New York and is now nearing death with only 6 months of life. Behold, it goes through a treatment in order to move your consciousness to a younger body so that your mind remains alive in a new skin.
The problem is that you were promised a receptacle made ​​in the laboratory, but in fact it took the body of a man who was sold by her family. And now he needs to fight against this organization that made ​​the treatment and that his conscience would not disappear.
Ben Kingsley plays Damian (the original), the actor has little screen time but manages to show his gift of your character for business and your bad relationship with his daughter Claire, played by Michelle Dockery.
Ryan Reynolds is Mark, the man who sold her body, then one can say that he plays Damian. The actor has plenty of charisma and is very well here, but even though the main character there is not much to it to work and you can tell he is very actor for what the screenplay has to offer.
Natalie Martinez is Mark's wife who thought she lost her husband, and the actress is a functional work and no stand out much. The character even manages to become more relevant after a while but nothing too big.
The story is kind of questionable at first, because even if the Damian were using the body of another person, that person sold the body for its own reasons. You can not say that this is a problem as it will for the convictions of Damian, but I was thinking about it during the movie.
The direction is good and managed to make a very characteristic touch by its dynamic cuts in some scenes, for example, they are preparing to flee from somewhere and have a character narrating the plan while in the background there are scenes with quick cuts showing preparations for the scape.
Do not expect mood because there's nothing comic in the script, which is a shame because it would be very welcome to the plot even more by the presence of an actor who works well in comedies.
I felt a taste of wasted potential, I think it would be much more interesting if there was a major battle between the minds of Damian and Mark within just a body, and not the way that the film followed.
Here is a simple story, a predictable end and a long plot. In my view is a forgettable film that is sold by the initial idea is quite interesting.

REVIEW - BLACK MASS


   Whitey (Jimmy) Bulger is the head of a mafia that focuses on South Boston and after becoming an FBI informant, can expand their "business" under the plans.
  Jonnhy Depp plays Jimmy, a very threatening character, unpredictable and a mobster psychopath who after spending nine years in prison of Alcatraz, develops an uncontrollable hatred of informants.
For fans of Jack Sparrow, Edward Scissorhands, Mad Hatter, Sweeney Todd and many others, will be a little disappointed, because the fantasy and horror "comic" are out here. The performance of Depp is very good and can distance himself from those comments about him always doing the same characters, so if you go see this movie because your favorite actor is on the cover, pass away.
Joel Edgerton plays John Connelly, Jimmy's childhood friend who covers up the crimes of Bulger, making him pass a small villain in the eyes of the FBI informant. He's the character who most resembles a mafia movie, constantly talks about protecting the family and have loyalty, and it can be more hated than Bulger.
Benedict Cumberbath plays Bill Bulger, Jimmy's brother and friend of John Connelly, a highly respected senator in his work that has just left within the plot. In fact their existence is more narrative grief than his screen presence.
One thing to have Don Corleone like protagonist, a character that even being a mobster, the audience sympathizes for their "philosophies", another thing is to focus on Whitey Bulger, a psychopathic gangster who practices every conceivable crime and whose only philosophy is to kill anyone who has 1% chance of being an informant. In conclusion, see the Jonny Depp get screwed, gives pleasure to those watching in many cases.
If the focus were in the character Coren Stoll, who begins to investigate the reasons they never arrested Jimmy, we would have a better clash between a guy fighting another inside FBI. Stoll is like the Jim Gordon in Gotham series, worth appearing so late on the scene.
The main enemy of the film is its length, it has two hours and his first hour could pass as an introduction of five minutes (as at the beginning of Watchmen), and it seems that the film really begins in the brand of first 60 minutes.
Like a mafia movie, I missed a family or a gang to confront Jimmy. Until a guy who's also mastering a Boston area with its own mafia, but he haven't an image of law and just was the reason for Bulger become an informant, reinforcing the idea of what the first sixty minutes should be make a brief indroduction.
I want to clarify that I liked the movie, I liked to see Jonnhy Depp as "villain", his performance was very good and you never know what he will do, and this helps to keep the public's curiosity. Also liked the John Connelly, for me he was the greatest villain of the plot, and the character of Benedict Cumberbatch, same with few appearances, managed in just one scene show that it also has part of the personality of his brother. 
The script is very well written, the fights, arguments, monotone, and threats between the whole cast are very good. There are at last two threats made by Jimmy that deal a lot with the viewer.
In short, quite liked the film, both of performances as history and recommend to the mafia movie fans, drama and for those who wants to see an actor known for comic and accentric interpretations in a more serious and dangerous role.

CRÍTICA - SELF/LESS


Damian é um idoso extremamente rico que ficou conhecido por basicamente construir Nova York e agora se encontra beirando a morte com apenas 6 meses de vida. Eis que ele passa por um tratamento com o objetivo de passar sua consciência para um corpo mais jovem para que sua mente continue viva em uma nova pele.
O problema é que lhe foi prometido um receptáculo feito em laboratório, mas na verdade ele tomou o corpo de um homem que se vendeu por sua família. E agora ele precisa lutar contra essa organização que fez o tratamento e que a sua consciência não desapareça.
Ben Kingsley interpreta Damian (o original), o ator tem pouco tempo em cena mas consegue mostrar o seu dom de seu personagem para os negócios e o seu relacionamento ruim com a sua filha Claire, interpretada por Michelle Dockery.
Ryan Reynolds é Mark, o homem que vendeu seu corpo, então pode-se dizer que ele interpreta Damian. O ator possui carisma de sobra e está muito bem aqui, mas mesmo sendo o personagem principal não há muito com o que ele trabalhar e dá para dizer que ele é muito ator para o que o roteiro tem para oferecer.
Natalie Martinez é a mulher de Mark que achava ter perdido seu marido, e a atriz faz um trabalho funcional e sem se destacar muito. A personagem até consegue ficar mais relevante depois de um tempo mas nada muito grande.
A história é meio questionável no começo, pois mesmo que o Damian estivesse usando o corpo de outra pessoa, essa pessoa vendeu o corpo por seus próprios motivos. Não dá para dizer que isso é problema pois vai pelas convicções do Damian, mas fiquei pensando nisso durante o filme.
A direção é boa e conseguiu deixar um toque bem característico pelos seus cortes dinâmicos em algumas cenas, por exemplo: eles estão se preparando para fugir de algum lugar e tem um personagem narrando o plano enquanto no fundo há cenas com cortes rápidos mostrando os preparativos para a fuga.
Não espere humor pois não há nada de cômico no roteiro, o que é uma pena pois seria muito bem-vindo para a trama ainda mais pela presença de um ator que trabalha bem em comédias.
Senti um gosto de potencial desperdiçado, acho que seria muito mais interessante se houvesse uma batalha maior entre as mentes de Damian e Mark dentro de apenas um corpo, e não o caminho que o filme seguiu.
Temos aqui uma história simples, um final previsível e uma trama demorada. Ao meu ver é um filme esquecível que se vende pela ideia inicial que é bastante interessante.

CRÍTICA - ALIANÇA DO CRIME


Whitey (Jimmy) Bulger é o chefe de uma máfia que se concentra no sul de Boston e depois de se tornar um informante do FBI, consegue expandir seus "negócios" por baixo dos panos.  
Jonnhy Depp interpreta Jimmy, um personagem muito ameaçador, imprevisível e um psicopata mafioso que depois de passar nove anos na prisão de Alcatraz, desenvolve um ódio incontrolável por informantes. 
Para os fãs Jack Sparrow, Edward Mãos de Tesoura, Chapeleiro Louco, Sweeney Todd e tantos outros, vão ficar um pouco decepcionados, pois a fantasia e o horror "cômico" estão de fora aqui. A atuação do Depp é muito boa e consegue se distanciar daqueles comentários sobre ele fazer sempre os mesmos personagens, então se você for ver esse filme porque seu ator favorito está na capa, passe longe.
Joel Edgerton interpreta John Connelly, amigo de infância de Jimmy que encobre os seus crimes fazendo o mesmo se passar por um pequeno bandido informante do FBI. Ele é o personagem que mais lembra um filme de máfia, constantemente fala sobre proteger a família e ter lealdade, e ele consegue ser mais odiado do que o Bulger.
Benedict Cumberbatch interpreta Bill Bulger, o irmão de Jimmy e amigo de John Connelly, um senador muito respeitado no seu trabalho que acaba sobrando dentro da trama. Na verdade a sua existência tem mais pesar narrativo do que a sua presença em cena.
Uma coisa é ter Dom Corleone como protagonista, um personagem que mesmo sendo um mafioso, o público se simpatiza pelas suas "filosofias", outra coisa é focar em Whitey Bulger, um mafioso psicopata que pratica todos os crimes imagináveis e cuja única filosofia é matar qualquer pessoa que tenha 1% de possibilidade de  ser um informante. Concluindo, ver o Jonnhy Depp se ferrar, dá prazer para quem está assistindo em muitos casos.
Se o foco fosse ao personagem do Coren Stoll, que começa a investigar os motivos de nunca terem prendido o Jimmy, teríamos um embate melhor entre um cara combatendo outro cara que é protegido pelos colegas de trabalho do mesmo. Stoll é como se fosse o Jim Gordon na série Gotham, pena que aparece tão tarde em cena.
O principal inimigo do filme é a sua duração, pois tem duas horas e simplesmente a sua primeira hora poderia passar como uma introdução de cinco minutos (como no começo de Watchmen), e parece que o filme realmente começa na marca do meio em diante.
Como um filme de máfia, senti falta de uma família ou uma gangue que enfrente o Jimmy. Até há um cara que também está dominando uma área de Boston com a sua própria máfia, mas ele nem tevê um direito de imagem e foi só o motivo para o Bulger se tornar um informante, reforçando a ideia de quê os primeiros sessenta minutos deviam se tornar uma breve introdução.
Quero deixar claro que eu gostei do filme, gostei de ver Jonnhy Depp como "vilão", a sua atuação foi muito boa e você nunca sabe o que ele vai fazer, e isso ajuda a manter a curiosidade do público. Gostei também do John Connelly, para mim ele foi o maior vilão da trama, o personagem do Benedict Cumberbatch, mesmo tento poucas aparições, ele consegue em apenas uma cena mostrar que ele também possui parte da personalidade de seu irmão. 
O roteiro é muito bem escrito, as brigas, discussões, monótonos, e ameaças entre o elenco todo que são muito boas. Há pelo menos duas ameaças feitas pelo Jimmy que mexem muito com o espectador.
Resumindo, gostei bastante do filme, tanto das atuações quanto da história e recomendo para os fãs de filmes de máfia, drama e para quem quer ver um ator conhecido por interpretações cômicas e excêntricas em um papel mais sério e perigoso.

CRÍTICA - GOOSEBUMPS


Zach Cooper é um adolescente que acaba de se mudar com sua mãe para uma nova cidade onde acaba se tornando vizinho de R.L. Stine, o escritor da série de livros de terror chamada Goosebumps. Acontece que os monstros sobre os quais ele escreveu são reais e por meio de circunstâncias os livros são abertos e os monstros libertados.
Dylan Minnette interpreta Zach, que se sai razoavelmente bem sendo o protagonista e é um bom personagem. Só não gostei muito quando o filme tentou colocar um ar de anti-social dentro dele onde não encaixava.
Odeya Rush interpreta Hannah, filha do R.L. Stine e que não se limita em ser só o interesse amoroso do Zach. Gostei da personagem, e no começo ela ameaça ficar “bobinha”, ao ponto da Care Delevingne no filme Cidades de Papel, mas felizmente isso não acontece.
Ryan Lee interpreta Champ, e fecha o trio de amigos principal como sendo mais engraçado. O personagem é fã dos livros de Stine e é muito covarde, tudo isso revestido por alguns momentos cômicos que casam bem com o tom do filme.
Jack Black é R.L. Stine e faz um ótimo trabalho e é o melhor em cena. Está engraçado e misterioso em uma boa medida, mas o filme perde força não usando ele como protagonista.
Amy Ryan e Jillian Bell interpretam a mãe e a tia de Zach. As duas são boas e engraçadas, mas acabam sendo pouco aproveitadas.
Os monstros são interessantes e cada um dos principais possui a sua personalidade. Mas a abordagem mais infantilizada tira a ameaça deles, com isso o público nunca teme pelos personagens.
O público alvo não é o mais velho, então é justificável e funciona a escolha de um jovem inseguro que se interessa por sua vizinha e que quer salvá-la. Mas focando no R.L. Stine e sem um romance adolescente, os aspectos mais importantes da personalidade do autor poderiam ser mais trabalhados, como a relação dele com os seus monstros principais, por exemplo.
Atualmente essa onda de adaptações de livros já estava enchendo o saco, mas “Goosebumps” conseguiu se arriscar mais. O roteiro não se limitou em copiar uma história que fez sucesso no passado, foi além e conseguiu trazer uma boa nostalgia para os fãs da série e tratar de aspectos da vida de um autor que começou precocemente a criar suas próprias histórias.


BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE


Bane - Atrás de vocês está um símbolo de opressão, a prisão Blackgate. Onde mil homens foram esquecidos em nome deste homem, Harvey Dent, que para vocês sempre foi apresentado como exemplo brilhante de justiça.
Vocês receberam um ídolo falso para impedir que destruíssem uma cidade corrupta. Eu vou dizer à vocês a verdade sobre Harvey Dent, nas palavras do comissário de polícia de Gotham, James Gordon:

O Batman não matou Harvey Dent, ele salvou meu filho. Depois levou a culpa pelos terríveis crimes de Harvey para que eu pudesse, para a minha vergonha, construir uma mentira ao redor do ídolo caído.
Eu enalteci o louco que tentou matar meu próprio filho, eu não suporto mais minha mentira. É hora de confiar ao povo de Gotham à verdade e é hora de me demitir.

Bane - E vocês aceitam a demissão desse homem?! E vocês aceitam a demissão de todos os mentirosos, de todos os corruptos?!

Blake – Trancaram homens à oito anos em Blackgate, sem condicional pela lei Harvey baseados numa mentira?
Gordon – Gotham precisava de um herói.
Blake – Agora mais do que nunca, mas você traiu tudo que representava.
Gordon – Chega uma hora, um ponto crítico quando a estrutura fracassa, que as regras não servem mais como arma, viram correntes que deixam o mal prosseguir. Algum dia pode-se deparar com esse momento de crise, então no momento, tomara que tenha um amigo como eu tive! Que enfia as mãos na lama, para manter as suas mãos limpas!
Blake – Suas mãos me parecem bem sujas, comissário.

Bane – Vamos tirar Gotham dos corruptos, dos ricos, dos repressores de gerações que oprimiram vocês com mitos de oportunidade. Vamos devolvê-la a vocês, o povo, Gotham é de vocês, ninguém vai interferir, façam o que quiserem. Mas comecem invadindo Blackgate, libertando os injustiçados.
Apresentem-se os que querem servir, pois um exército será criado.
Poderosos serão arrancados de seus ninhos decadentes e lançados ao mundo frio que nós conhecemos e vivemos!
Tribunais serão montados. Despojos serão repartidos. Sangue será derramado. A polícia sobreviverá, para aprender a servir à justiça real!
Esta grande cidade vai resistir! Gotham vai sobreviver!


COACH CARTER - TREINO PARA VIDA


Carter -Bom, não é um final de livro infantil, pelo menos para nós não. Mas os senhores jogaram como campeões, jamais desistiram, e os campeões mantém a cabeça erguida.
O que conseguiram está além da coluna de vitória ou derrota ou do que vai estar na manchete da página de esportes de amanhã. Vocês conseguiram uma coisa que algumas pessoas passam a vida inteira para encontrar, o que conseguiram foi a "vitória eterna não ilusória", e senhores, eu estou tão orgulhoso!
Quatro meses atrás, quando eu aceitei o emprego em Richmond, eu tinha um plano, o plano falhou. Eu vim para treinar jogadores de basquete, e os senhores se tornaram alunos. Eu vim para ensinar meninos, e os senhores se tornaram homens. E por isso eu agradeço.
Se alguém entrasse por aquela porta agora, e me oferecesse para treinar em qualquer escola do estado da Califórnia, sabem qual time eu escolheria?
Worm -St. Francis?
Worm -Tô de zoação, galera!
Carter -Damian?
Damian -Richmond.
Carter -"Rich" o quê?
Time -Richmond!!
Carter -"Rich" o quê?!
Time -Richmond!!
Carter -"Rich" o quê?!!
Time -Richmond!!
Carter -De onde somos?!
Time -Richmond!!
Carter -A quem amamos?!
Time -Richmond!!
Carter -Qual é a minha terra?!
Time -Richmond!!
Carter -"Rich" o quê?!
Time -Richmond!!
!

APENAS MAIS 3 FILMES


Sou uma pessoa que me prendo em bons diálogos e que dependendo da cena, fico repetindo suas falas durante dias. Aqui vai três exemplos que não estão em ordem de qualidade e que não posso dizer que são os meus favoritos, apenas os que eu lembrei enquanto estava escrevendo a postagem e futuramente trarei outros três filmes.

Batman de Christopher Nolan - A trilogia é repleta de diálogos que marcam, quem não se lembra do Alfred falando sobre o louco que queria ver o circo pegar fogo, do Gordon explicando para seu filho que precisam caçar o Batman, o Bane contando a verdade sobre o Harvey, o treinamento feito por Ra's Al Ghul, Batman interrogando o Coringa, o Coringa pedindo para o Dent introduzir um pouco de Anarquia, entre outras cenas memoráveis.
Depois desses três filmes ficou claro a resposta para a pergunta: Por que caímos?

Brilho eterno de uma mente sem lembranças - É um dos meus filmes favoritos e uma das cenas que eu mais gosto é a que a Kirsten Dunst cita um poema que se casa com o resto do filme.
"Quão feliz é o destino de um inocente sem culpa, O mundo em esquecimento pelo mundo esquecido, brilho eterno de uma mente sem lembranças, cada orador aceito e cada desejo renunciado."


Um Santo Vizinho - Um exemplo mais recente. Nesse filme encontrei duas cenas memoráveis, uma deles, Bill Murray fala sobre as pessoas falarem "Sinto muito pela sua perda", e a outra cena foi o discurso de Jaeden Lieberher em que ele declara o seu vizinho um santo.

CRÍTICA - TRUE STORY (A VERDADEIRA HISTÓRIA)


Michael Finkel é um jornalista que escreve para o New York Times, e depois de publicar uma entrevista com uma realidade um pouco destorcida, é demitido e agora luta para salvar sua carreira. Eis que Christian Longo, um homem suspeito de ter matado sua própria família, quando está prestes a ser preso, alega se chamar Michael Finkel, e então, o verdadeiro jornalista é chamado para explicar o ocorrido.
Jonah Hill é um grande ator, que já mostrou que sabe trabalhar com comédia e drama muito bem, e aqui não é diferente, não digo que ele esteja excelente, mas pode-se afirmar que é o melhor do filme. O seu personagem é bastante ambicioso e enxerga em Chris uma chance para se reerguer ao escrever um livro sobre o potencial assassino, mas a atuação do ator acaba ficando afeta por mérito do roteiro, pois pouco é revelado sobre o jornalista e quase não há desenvolvimento de personagem, limitando o trabalho do artista.
James Franco interpreta Chris, e faz um bom trabalho, mas ele continua com a mesma expressão o filme todo, mas isso acaba não sendo um problema para o lugar e a situação onde ele se encontra. O ator só muda de expressão quando lhe fazem uma pergunta mais ousada, e ele faz uma cara de desdém e abuso muito boa, mas fica apenas nisso.
Chris Longo é misterioso e seu passado foi complicado, e ele consegue brincar com o emocional do público, uma hora estamos ao lado dele e na outra não, e a sua expressão monotônica ajuda bastante para que haja essas indecisões.
Felicity Jones interpreta a mulher de Finkel, que não tem nada para acrescentar na trama, e os dois nem parecem um casal de verdade. Ela possui uma insegurança sobre essa amizade que se desenvolve entre o jornalista e o seu entrevistado, mas não fica bem explicada a razão disso, e é apenas isso que ela faz, é ficar preocupada desnecessariamente.
A direção é boa, ocasionalmente há cenas em que, lentamente, a câmera vai se enquadrando no personagem ou em um objeto. Quero dar destaque para uma cena muito boa, que também mostra mais uma vez o talento da direção, em que a música do piano se envolve com as teclas de um computador, para representar uma passagem de tempo em que Finkel está escrevendo o seu livro.
O filme possui ideias que parecem meio jogadas, como Chris querer aprender a escrever e eles escreverem de forma, estranhamente parecida. Como um todo, é um jornalista que escreve sobre a vida de um criminoso, e perto do final ele se limita a sentar e assistir ao julgamento do júri e do juiz, e tudo isso se esticou uns meses por que o réu alegou ser outra pessoa por um dia, e não dá para entender se o filme quer mostrar que os dois são iguais, ou quer mostrar a amizade que nasce entre eles, ou fazer uma reflexão sobre verdades e mentiras, e etc.
"True Story" é um drama com interpretações boas, uma direção e fotografia que se destacam e uma história que começa interessante, mas acaba ficando chato, com ideias desperdiçadas, um final previsível e a mensagem que deveria ser passada fica confusa. 

CRÍTICA - UNFRIENDED (AMIZADE DESFEITA)


Blaire Lily e seus amigos se encontram no Skype para conversar e, convenientemente, é o aniversário da morte de sua amiga que se suicidou apos ter sido vítima de bulliyng virtual. Eles percebem que não estão sozinhos na chamada de vídeo, e então as coisas começam a ficar estranhas.
Lily, interpretada por Shelley Henning, era amiga de Laura, mas acabaram se distanciando com o tempo, e entre os seus amigos, ela é a única que parece ter realmente se importado com a falecida.
Os amigos que estão participando da chamada no Skype junto com Lily são: Ken Smith, interpretado por Jacob Wysocki, Val Rommel, interpretado por Courtney Halverson, Adam Sewell, interpretado por William Peltz e Mitch Roussel, interpretado por Moses Storm.
O elenco é bom, se parecem realmente com jovens imaturos dependentes de tecnologia e que não medem as consequências de seus atos e palavras. Todos fazem um trabalho competente, e possuem características próprias e/ou segredos importantes, não deixando o ar de que tal personagem está no filme para dar mais volume ao grupo.
A maior proeza é de que o filme não para, não há cortes, tudo acontece através da tela do computador de Blaire, tornando as coisas mais orgânicas. O modo que a Lily usa o computador deixa um toque bem realista, abreviar palavras, escrever e apagar a mesma mensagem várias vezes, colocar músicas, fazer muitas coisas ao mesmo tempo, e etc.
O estilo de terror aqui se sustenta no suspense de ter alguém que sabe o que você fez e agora está brincando contigo. Então, para aqueles que procuram uma noite mal dormida com a luz acessa, esse filme não lhe agradará, pois você não verá nenhum demônio atrás da porta ou um espírito no espelho.
É interessante como o fantasma da Laura Bars  se manifesta através dos computadores e os atinge física e emocionalmente, conversando, enviando fotos, fazendo jogos. Inicialmente acreditam que ela seja um hacker cheio de recursos, e então a atmosfera vai ficando mais densa e sobrenatural com as informações que ela revela sobre cada um.
Acredito que se a forma com que a Laura morreu e o que fez ela se matar fosse um mistério até o final, deixaria as coisas mais intrigantes. Até há um mistério, mas é previsível.
Unfriended é um filme que mesmo sendo previsível, consegue deixar o seu público apreensivo, tudo isso sustentado com uma história simples e uma ideia original, sem falar de algumas cenas memoráveis e um final bastante emocionante.

CRÍTICA - WHIPLASH


Andrew Neiman é um jovem baterista que estuda em uma das melhores escolas de música do mundo e almeja se tornar um dos grandes no seu instrumento. Para isso ele precisa entrar na banda de um professor conhecido por dificultar a vida dos seus alunos e que exige perfeição com métodos questionáveis.
Miles Teller interpreta Neiman, e faz um ótimo trabalho. O personagem é talentoso e centrado no seu sonho, humilde, ambicioso, e que prefere não se envolver com muitas pessoas para não perder o seu foco, mesmo se sentindo solitário no fim das contas.
Aqui temos aquele raro caso de um ator coadjuvante “esconder” o protagonista com uma interpretação memorável. J. K. Simmons interpreta Terence Fletcher, um professor de música sarcástico e conservador, que alterna entre paciente e compreensivo para um maníaco psicótico, muito habilidoso ao abusar psicologicamente sua banda.
Melissa Benoist interpreta Nicole, o interesse amoroso e Neiman, que acaba sobrando na trama. Me pareceu que a personagem estava no filme para aliviar o tom depois de tanto tempo de pesar dramático.
Senti falta de um confronto maior entre o jovem baterista com seu pai, interpretado por Paul Reiser. É abordado um tema que é comum em muitas famílias, o filho seguir uma carreira que o seu pai não considera promissora o bastante, e eu esperei algo mais pesado na relação dos dois, mas o filme optou por suavizar esse elemento.
A direção é impecável. Para aqueles que não entendem muito bem a importância de um bom diretor, assista à Whiplash e veja o quanto um bom posicionamento e dinâmica de câmera ao alternar de forma precisa, durante as sequências em que a banda está tocando, por exemplo, melhora a qualidade do filme.
O roteiro bate na tecla de que não podemos nos conformar com resultados aceitáveis. Quando as pessoas se contentam com o conforto, com o que já está dominado, ninguém vai tentar algo maior.
Whiplash é um excelente filme, com direção e interpretações incríveis, uma mensagem interessante e com pelo menos, duas cenas que não sairão  da sua mente tão cedo.  




CRÍTICA - PERDIDO EM MARTE


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ark Watney é um astronauta participando de uma série de pesquisas em Marte junto com sua equipe. Por meio de circunstâncias ele se encontra sozinho no planeta e precisa encontrar meios de sobreviver durante anos esperando um resgate.
Matt Damon interpreta Mark, e está excelente. O personagem é muito inteligente, carismático e engraçado, e tudo isso reforçado pelo ótimo trabalho do ator.
Já que o personagem está sozinho em um planeta deserto, a forma que o filme tem de fazer Matt se comunicar com o público é com o "diário de bordo", que ele grava todos os dias. Sempre que um problema é apresentado, Matt o explica e apresenta suas soluções, e além de não ficar complicado, deixando mais acessível para o seu público, é bastante engraçado e plausível.
Um dos problemas é o excesso de personagens, o filme tenta dar espaço para todos, mas não consegue ampliar a relevância de todos. Por consequência, 65% dos personagens secundários acabam ficando desaproveitados.
Jeff Daniels, interpretando Ted Sanders, e Chiwetel Ejiofor, interpretando Venkat Kapoor, junto com Benedict Wong, são o maior apoio de Mark na Terra. Pode ser argumentado que Ted é o possível antagonista da trama, eu discordo, para mim ele tem o mesmo objetivo que todos, de salvar Mark, só que da forma que mais favoreça a imagem da NASA.
O personagem Rich Purnell, interpretado por Donald Glover, até tem a sua importância, mas a sua presença em cena é tão pequena que seria melhor se a sua  "parte" na trama fosse dada para o Kapoor. Ainda por cima o personagem aparece como sendo um alívio cômico, mas o humor do filme já está bem escalado sem ele, então ele, além de ser desnecessário, atrapalha o tom do filme.
A equipe de Mark, que está na nave a caminho da Terra depois de deixá-lo em Marte, é composta por cinco personagens, mas apenas três se destacam (reforçando o fato de ter personagens demais na trama): Michael Peña, Kate Mara e Jessica Chastain. Peña como Rick Martinez, amigo mais próximo de Mark e está bastante engraçado, Mara como Beth Johanssen, é a que entende mais sobre computação e Jessica como Melissa Lewis, que só contribui para o filme em ser a comandante, mas fora isso, não se destaca muito também.
O humor que constantemente alivia a trama pode incomodar um pouco para aqueles que esperam que Mark enlouqueça. Mesmo assim o filme proporciona diálogos e momentos emocionantes e pode ser dito que acaba sendo inspirador ver o personagem superar tantos obstáculos.
"Perdido em Marte" é um filme tocante, que celebra o conhecimento humano e a força de vontade, tudo isso reforçado por uma trama agradável, que mesmo não trazendo o pesar dramático com crises existenciais e etc, consegue impressionar o seu público.



CRÍTICA - EVERYTHING WILL BE FINE


T
omas Eldan é um escritor meio depressivo e anti-social que está passando por problemas criativos ao escrever seu próximo livro, e seu casamento está passando por uma fase delicada. Eis que ele se envolve em um acidente que torna tudo mais complicado de lidar.
Tomas é interpretado por James Franco, que faz um bom trabalho em mostrar ao público o quanto um acidente pode abalar o espírito de um homem, e o ator o faz com poucas palavras e olhares intensamente expressivos. O personagem passa por um desenvolvimento bem interessante, retratando o que um sentimento tão forte é capaz de fazer depois de anos sendo guardado, afetando sua carreira e a sua família.
Charlotte Gainsbourg interpreta Kate, a mãe que perde um dos seus filhos, a atriz está bem e transmite bastante tristeza e como é desnorteante passar por isso. Mas a personagem permanece apenas nessa interpretação, não se desenvolve muito além disso.
Rachel McAdams interpreta Sara, uma mulher que se preocupa com o seu marido e pretende formar uma família com o mesmo, mas ela tem pouca presença no filme, mesmo sendo importante, e o sentimento que fica é que a atriz não foi muito bem aproveitada.
O filme possui uma sutileza interessante, e recompensa os que prestam atenção nele. Por exemplo: se você não estiver atento para um diálogo, acaba perdendo explicações para uma situação futura.
Lembra um pouco o filme “Boyhood”, pois passamos por muitas fases da vida do escritor e da mãe, Kate. Os lapsos de tempo às vezes são passados claramente, imprimindo na tela “dois anos depois”, e outras vezes o filme só mostra que o carro do protagonista mudou, por exemplo, retratando que se passou algum tempo, deixando as coisas mais orgânicas.
A atmosfera depressiva paira sobre o filme o tempo todo, e as atuações são semelhantes para todos os personagens. Uma das únicas vezes que notei alguém saindo dessa tristeza foi em uma das cenas da atriz mirim Julia Sarah Stone, assistir a atriz sorrindo foi como ver o sol raiar depois de passar um dia na escuridão.
Verdade seja dita, temos aqui um drama muito lento e não é para qualquer um. O tom é o mesmo do início ao fim e sem momentos grandiosos.
O arco de Tomas com o seu pai não foi bem explorado, a meu ver, foi só para reforçar mais o drama, mas acabou ficando desnecessário.
O maior problema do filme é a trama, que é vaga. Talvez se o personagem principal fosse o menino que perdeu o irmão a história seria mais emocionante e dramática, mostraria a tristeza por perder alguém tão próximo, a raiva em ler os sucessos que o Tomas fez depois do acidente e ver que isso influenciou os seus livros, o quanto a desatenção de um sujeito abalou sua pequena família, e etc.
Concluindo, “Everything will be fine” é um drama para um público paciente e que esteja disposto a acompanhar uma longa história sobre tragédia e uma lenta recuperação. Recomendo, mas não espere por chorar e nem um sentimento de esperança. 

CRÍTICA - MAZE RUNNER: PROVA DE FOGO



O filme começa depois que os sobreviventes do labirinto são encontrados por uma resistência comandada por Jason, interpretado por Aiden Gillen. E inicialmente eles se sentem seguros, mas não demora muito para tudo ficar suspeito, então eles enfrentam o deserto a procura de refugio.
Thomas, interpretado por Dylan O'Brien, evoluiu como personagem, pois agora ele é visto como o líder de seu grupo, mas em questão de interpretação, ele continua monotônico.
Tereza, interpretada por Kaya Scodelario, no primeiro filme, parecia inicialmente que seria importante, mas depois de um tempo vimos que não, e isso continua aqui.
Sobre os sobreviventes que acompanham o Thomas, eles não se desenvolvem em nada nessa sequência. Além de terem ficado sem personalidade, eles se limitam a ouvir uma teoria do Thomas, questioná-la e depois segui-la.
A vilã do filme, Ava Paige, quase não tem presença, possui apenas uma expressão e simplesmente não é ameaçadora. Quem consegue ser um pouco mais ameaçador, presente e que parece ser um antagonista para o Thomas, é o Aiden Gillen, um pouco no começo do filme e mais no fim.
Identificando os pontos positivos, há boas cenas de ação, o filme é bem dirigido (como no segundo), as fugas, tando de zumbis quanto de soldados, são interessantes e a cena final é bastante empolgante.
O maior problema é que essa sequência não explica nada sobre esse universo, pelo contrário, traz mais mistérios. Muito mais do que o labirinto, agora temos zumbis, dois exércitos, uma "colheita", e etc. Esse excesso de informação sem nexo dificulta muito uma resolução plausível no final.
O esqueleto do filme é uma "viagem" perigosa de um ponto para outro, e única coisa que o filme consegue fazer melhor do que o seu antecessor é possuir um final promissor. Complicado vai ser emendar tudo na terceira parte.



CRÍTICA - AMERICAN ULTRA


J
esse Eisenberg interpreta Mike Howell, um homem drogado que trabalha em um mercado e que vive com sua namorada. Ele passa a ser caçado pois possui habilidades ocultas de combate.
Eisenberg e a Kristen Stewart possuem uma boa química juntos, estão muito bem no filme, o desenvolvimento de personagem dos dois é interessante e vemos uma evolução depois da série Crepúsculo por parte dela.
                Topher Grace destoa todo o humor do filme, é exagerado demais e o desejo de chefiar o ataque não é bem explicado. Kristen Stewart trabalha com o material que tem, mas sua personagem foi muito mal escrita, pois sua motivação para desarticular as tentativas de matar Mike também não foram bem esclarecidas, e até os 50 minutos, a mesma parece estar em outro filme.
    Não há o que dizer sobre Tony Hale, ele podia estar de fora e não afetaria absolutamente em nada na trama.
    A ação do filme varia muito, há cenas de luta muito boas em que conseguimos ver tudo, e outras em que as câmeras ficam cortando para cada golpe, mas no geral, elas são muito boas. Dando destaque para uma que envolve uma frigideira (que está no trailer), e outra no final do filme.
    Talvez o maior problema do filme seja que ele só existe pois um agente achou que deveria eliminar uma pessoa que não estava fazendo nada. Se não fosse pela vontade sem fundamento de matar Mike Howell, o mesmo continuaria a sua vida normal com sua namorada.
Mesmo com um tom disperso, atuações exageradas, e atos desnecessários, é possível se divertir vendo o filme por suas cenas de ação e pelo arco de Mike e Phoebe.

CRÍTICA - QUE HORAS ELA VOLTA?



o
 filme gira em torno de Val, uma empregada doméstica nordestina que mora em seu emprego em São Paulo, e agora precisa reencontrar sua filha depois de anos e abrigá-la na casa onde trabalha, pois a mesma vai participar de um vestibular, com isso, trazendo um desequilibro para o “sistema” de anos da casa.
Regina Casé está ótima como Val, ela é escrita e interpretada de forma impecável, o humor da personagem encaixa perfeitamente e ela possui um otimismo muito doce que facilita para o público simpatizar com ela.
Camila Márdila também chama atenção interpretando a Jéssica, filha de Val, ela personagem não se importa com a desigualdade impregnada na casa e isso gera um conforto para uns e desconforto para outros.
Bárbara, interpretada pela atriz Karine Teles, é a matriarca da casa, bem sucedida financeiramente, preconceituosa e um ser humano totalmente odiável. Quase sempre que está em cena, ela tenta de forma sutil (ou nem sempre tão sutil assim) desmoronar o otimismo de Val.
Fabinho, filho do casal que é interpretado por Michel Joelsas, não foi muito bem explorado, em seguida o filme ameaça um maior desenvolvimento, mas ele continua limitado a ser o único que se importa com a Val, pois para ele, ela é sua segunda mãe. Diferente do Fabinho, que é importante para o filme, Carlos, o marido de Bárbara interpretado por Lourenço Mutarell, não acrescenta em nada à trama.
O filme aborda a diferença entre classes no Brasil, retratando a relação entre os residentes e empregados domésticos nos mostrando o quanto uma pessoa tão importante pode ser tão ignorada. Além dos temas óbvios, o filme apresenta o quanto uma família consegue ser distante, com celulares por exemplo, pois são raras as cenas em que todos estão no mesmo ambiente conversando.
Pode ser argumentado que o filme é longo demais, e é verdade, há muitas cenas que não se desenvolvem muita coisa, mas são necessárias para criar uma maior atmosfera de dificuldade da empregada doméstica, o pesar dramático e mostra que ela faz as mesmas coisas praticamente todos os dias. Mas há sim detalhes do roteiro que podiam estar de fora, por exemplo, a subtrama que envolve Carlos com a Jéssica, e um acidente que não se conclui muito bem.
“Que horas ela volta?” é um filme tocante, bonito, com uma mensagem social forte e que sabe emocionar seu público. Agora é só esperar torcendo para que traga o primeiro Oscar para o Brasil.

CRÍTICA - NOCAUTE


B
illy Hope, interpretado por Jake Gyllenhaal, é um boxeador no auge de sua carreira que possui um estilo de luta destrutivo, seu segredo para vencer uma luta é apanhar até que a sua raiva transborde, e isso preocupa sua esposa, Maureen Hope, tanto durante quanto depois da luta. Por meio de circunstâncias, a carreira e a família do campeão entram em xeque, e ele precisa se reerguer.
Analisando a história, não há muitos aspectos que fujam de um filme de boxe. Temos aqui o protagonista tomado pela raiva, o agente visando dinheiro, o treinador dizendo que o boxe é um jogo de xadrez, e etc.
    Jake Gyllenhall mais uma vez nos mostra o seu talento, sua interpretação é impecável ao expressar sua tristeza e assustadora quando o personagem está tomado pela raiva.
    Oone Laurence interpreta Leila Hope, a filha do casal. A atriz está ótima, muito expressiva e não some diante do Gyllenhaal, aliás, vem dela uma das cenas mais complicadas de assistir.
O elemento de drama quase sempre é abordado em filmes de luta, mas aqui ele é mais exaltado. Há um forte de sentimento de injustiça aqui, e isso é o que difere esse filme do gênero de luta.
Forest Whitaker interpreta o treinador de Billy, e é o mais derivado do filme. Embora seja o menos original, todo mundo gosta desse tipo de personagem, ele tevê os seus problemas no passado, não gosta de palavrões, exige educação e dedicação de seus alunos, e etc, um bom exemplo é o filme “Coath Carter”, que explora essa personalidade muito bem.
Há elementos que não foram muito bem trabalhados no filme. Por exemplo: os amigos de Billy que somem do filme, um garoto que treina na mesma academia que possui uma subtrama interessante de ser explorada, mas isso não ocorre, outra cena que é muito séria e exige uma resolução, mas também é descartado.
O amante de filmes de boxe podem se decepcionar um pouco na luta final faltou um pouco mais de impacto da parte do protagonista na cena final.
Fazendo uma comparação, “Nocaute” é uma mistura entre “A procura da Felicidade” e “Rocky Balboa”. Essencial para os fãs de luta, de drama e do Jaky Gyllenhaal.