Crítica - Invocação do Mal 2 (The Conjurin 2)


Anos após os acontecimentos do primeiro filme, o casal Ed e Lourraine Warren é chamado para ajudar uma família no verídico caso "Poltergeist de Enfield" ou "Amitville da Inglaterra".
A direção é de James Wan, o mesmo diretor do primeiro filme, e de novo nos mostra que sabe muito bem trabalhar com o gênero de terror. Ele nos traz cenas que pegam de surpresa até mesmo os mais acostumados com esse tipo de filme, com jogos de câmera muito eficazes e criando uma atmosfera bastante assustadora que é perfeitamente equilibrada com cenas de ternura entre o casal principal e a família atormentada, ajudando no desenvolvimento dos personagens.
Os Warrens, interpretados por Vera Farmiga e Patrick Wilson, nesse filme possuem um maior espaço para desenvolver sua relação, enfatizando o passado do casal e nos mostrando a importância de um na vida do outro. Ambos os personagens estão excelentes acompanhados por interpretações à altura fazendo com que o espectador torça pela felicidade dos dois até o final.
Gostaria de realçar uma cena muito boa envolvendo um violão, aliás, lembra bastante outra cena do primeiro filme, em que os dois se mostram não só interessados em derrotar a entidade, mas sim em ajudar a família.
A família é composta por uma mãe divorciada e seus quatro filhos, todos cumprem seu papel e ninguém é desperdiçado, com exceção da filha do meio, Janet Hodgson, interpretada por Madison Wolf, que tem um grande destaque. A atriz está bem comprometida com a personagem tendo uma gradual mudança estética, corporal e interpretativa excelente ao longo do filme e a relação construída entre ela e o casal Warren é muito bonita.
Também temos Simon McBurney interpretando Maurice Grosse, que na história real teve muito mais importância do que no filme (esse comentário não é bem uma crítica, apenas uma observação). O personagem tem uma empolgação quase cômica com o caso e o seu senso de esperança por provar a realidade do caso ajudam para que o personagem apenas mais um.
Não perca essa sequência, que na opinião de muitos é melhor do que o primeiro. Temos aqui um terror excelente sem cenas baratas para tentar assustar o seu público, ótimas interpretações, cenas bastante fieis à história real e outras não e uma jogada original no seu roteiro e em um segmento envolvendo uma "entrevista". Parece que James Wan está virando a mais nova referência do gênero.
Quem tiver mais interesse sobre o caso real, clique nesse link e veja o vídeo feito pelo canal AssombradO.

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