CRÍTICA - UNFRIENDED (AMIZADE DESFEITA)


Blaire Lily e seus amigos se encontram no Skype para conversar e, convenientemente, é o aniversário da morte de sua amiga que se suicidou apos ter sido vítima de bulliyng virtual. Eles percebem que não estão sozinhos na chamada de vídeo, e então as coisas começam a ficar estranhas.
Lily, interpretada por Shelley Henning, era amiga de Laura, mas acabaram se distanciando com o tempo, e entre os seus amigos, ela é a única que parece ter realmente se importado com a falecida.
Os amigos que estão participando da chamada no Skype junto com Lily são: Ken Smith, interpretado por Jacob Wysocki, Val Rommel, interpretado por Courtney Halverson, Adam Sewell, interpretado por William Peltz e Mitch Roussel, interpretado por Moses Storm.
O elenco é bom, se parecem realmente com jovens imaturos dependentes de tecnologia e que não medem as consequências de seus atos e palavras. Todos fazem um trabalho competente, e possuem características próprias e/ou segredos importantes, não deixando o ar de que tal personagem está no filme para dar mais volume ao grupo.
A maior proeza é de que o filme não para, não há cortes, tudo acontece através da tela do computador de Blaire, tornando as coisas mais orgânicas. O modo que a Lily usa o computador deixa um toque bem realista, abreviar palavras, escrever e apagar a mesma mensagem várias vezes, colocar músicas, fazer muitas coisas ao mesmo tempo, e etc.
O estilo de terror aqui se sustenta no suspense de ter alguém que sabe o que você fez e agora está brincando contigo. Então, para aqueles que procuram uma noite mal dormida com a luz acessa, esse filme não lhe agradará, pois você não verá nenhum demônio atrás da porta ou um espírito no espelho.
É interessante como o fantasma da Laura Bars  se manifesta através dos computadores e os atinge física e emocionalmente, conversando, enviando fotos, fazendo jogos. Inicialmente acreditam que ela seja um hacker cheio de recursos, e então a atmosfera vai ficando mais densa e sobrenatural com as informações que ela revela sobre cada um.
Acredito que se a forma com que a Laura morreu e o que fez ela se matar fosse um mistério até o final, deixaria as coisas mais intrigantes. Até há um mistério, mas é previsível.
Unfriended é um filme que mesmo sendo previsível, consegue deixar o seu público apreensivo, tudo isso sustentado com uma história simples e uma ideia original, sem falar de algumas cenas memoráveis e um final bastante emocionante.

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