O oitavo filme
de Quentin Tarantino possui todos os elementos que todo fã do diretor aprecia e
esperava. Diálogos memoráveis, mistério, muita violência e jatos de sangue. A
trama começa com Jon Ruth (Kurt Russell), um famoso caçador de recompensas
levando sua prisioneira, Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh), para a forca na
cidade de Red Rock.
Eis que uma nevasca atrapalha os planos de Ruth, então o mesmo
segue para uma conhecida cabana dando carona para outros dois personagens.
Chegando ao refúgio, a atmosfera de desconfiança amplia, fazendo o público
criar suas próprias conclusões seguindo a paranoia de Jon e as análises do
Major Marquis Warren (Sam. L. Jackson).
Nos primeiros dez minutos vemos a mágica dos roteiros desse
diretor, foram precisas apenas uma carroça e quatro personagens para mostrar o
quanto seus diálogos se diferenciam de tantos outros.
Em questões interpretativas podemos resumir em uma palavra:
brilhante! Dando destaque para a brutalidade de Kurt Russell, ao quase alívio
cômico de Walton Goddins como Xerife Chris Mannix, a loucura de Jennifer Jason
e ao grande trabalho de Samuel L. Jackson, que por sua vez nos traz um monólogo
tão marcante quanto ao seu em
Pulp Ficction.
Em termos estéticos é um filme muito bonito, com figurino e
ambientação impecáveis e uma trilha sonora engajante. O frio é um elemento muito importante no roteiro e acaba sendo bem representado não só com a neve mas também com excelentes enquadramentos de câmera e o uso da luz mostrando o vapor do café e o ar exalado dos personagens.
Filtrando os pontos negativos, achei o final meio apressado em
relação com o ritmo que estava indo até então. Fiquei até surpreso e um pouco decepcionado ao ver o caminho seguido para desvendar todo o mistério, mas nada que comprometa sua
experiência.
Mesmo tendo 3h 07m, a qualidade dos diálogos faz com que sua
duração não pese a qualidade do mais novo filme "Tarantinêsco" do mercado.
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